Antestor: Devido ameaças banda tocará de coletes em shows no Brasil

Recentemente em entrevista publicada pelo site Whiplash a banda de White Metal (leia White Merda) Antestor mencionou ameaças sofridas no passado e afirmaram estar recebendo centenas de ameaças do publico brasileiro acerca da turnê que farão por aqui em janeiro e que inclusive terão que tocar de coletes.


Durante a entrevista foi mencionado que isso acontecia antigamente na cena Escandinávia, mas, hoje a cena já é mais madura e isso não acontece mais, o que deveria acontecer no Brasil (na opinião deles).


1º Esse tipo de banda não é e nunca será bem vinda no Brasil e realmente os headbangers sempre irão se manifestar contra isso.


2º Nossa cena, hoje, é muito mais “real” que a cena européia, tendo em vista que, em tese, somos mais coerentes e não aceitamos muitas coisas que na Europa é considerado normal, como por exemplo, um integrante de banda de metal que freqüenta ou até mesmo toca em festas rave para nós (pelo menos para quem realmente quer manter a cena viva e integra) é inadmissível, já na Europa isso é considerado normal.


Confiram parte da entrevista postada ontem no site Whiplash onde a “banda” cita estas questões:


“Vicente - Qual é a real história sobre as ameaças de morte que a banda recebeu de Euronymous, Varg Vikernes e Faust?

Lars - Na verdade, nós os ameaçamos... (risos) Bem isso realmente aconteceu. Eles não queriam a gente ao redor e houve uma serie de confrontos desagradáveis que nos obrigou a nos reforçar naquele momento. Mas a cena cresceu, mudou e as próprias pessoas amadureceram. Foi um ponto na revolução do Black Metal escandinavo que tudo era tão novo e excitante e por isso a nossa presença causou raiva, porque de certa forma nós invadimos o seu território. Mas Antestor existia desde 1989 (então chamada Crush Evil). Então, nós sentimos que tínhamos todo o direito de estar onde quer que o pessoal nos queira. Mas é claro que, em algum nível, entendemos por que eles reagiram como fizeram já que a nossa mensagem é diferente do que a deles. Mas nós entendemos que a expressão "black metal" se encaixa perfeitamente em nossas vidas e descreve a luta interna e a dor da vida. Para nós, O Black Metal é sobre tudo isso. Nós não nos importamos se alguém quiser cultuar Satã com sua música. Nós temos nossa própria razão para fazer o que fazemos, e isso vem de um lugar honesto e verdadeiro. Falando de ameaças de morte, nós tivemos centenas delas do Brasil por causa da nossa turnê em janeiro. E isso é péssimo, porque já estamos preocupados com a forma calorosa que vamos subir no palco e agora temos de acrescentar coletes à nossa roupa.  Nós viemos de um país com temperatura sub zero, de modo que será um desafio. Mas a verdade foi dita, esperávamos que, desde que a cena do Black metal escandinava mudou um pouco, o resto do mundo, incluindo o Brasil, seguiriam esse amadurecimento e deixassem que as pessoas tocassem e desfrutassem de música como sempre deveria ser. Mas eu acho que, infelizmente, ainda temos um longo caminho a percorrer antes que todo mundo possa colocar a música acima do ódio e medo do desconhecido”.



Fonte: Whiplash