7 de fevereiro de 2015

Resenha: Miasthenia - Legados do Inframudo (2014)


Eis que em 2014 uma das maiores bandas do Metal Nacional da atualidade, o Miasthenia, lança seu 8º trabalho e 4º Full-Length. Intitulado Legado do Inframundo esse trabalho vem seguindo a mesma linha já proposta pela a banda desde XVI, que foi lançado em 2000 e tem a proposta de falar das civilizações pré-colombianas, no caso da cultura Maia. Esse mais recente trabalho, foi feito de forma conceitual e tem o foco nos deuses e rituais da morte.

A arte desse trabalho como podemos ver acima é rica em detalhes e elementos e consegue muito bem montar o clima e conceito no pelo qual o álbum é trabalhado.

Já o som, está matador como sempre, porém, nesse álbum senti um trabalho ainda melhor nos arranjos, principalmente nos riffs de guitarra e alguns solos sempre muito bem feitos e encaixados sempre na hora certa sem ficar cansativo.

A primeira musica “Deuses Fúnebres” é uma introdução somente com teclado e tambores, com a letra recitada, prepara muito bem o clímax, e anuncia a abertura dos portais do inframundo.

Daí por diante podemos falar que não temos muita novidade. O som muito bem trabalhado, letras muito bem encaixadas e elaboradas como o Miasthenia vem sempre fazendo desde seus primeiros trabalhos.

Na seqüencia, as duas próximas musicas Saga ao Xibálba e Entronizados na Morte seguem a mesma linha e são sons bem rápidos e com bateria e riffs bem marcantes.

A terceira musica, em minha opinião, é a melhor do álbum e conseqüentemente a que mais se destaca Sacerdote Jaguar tem um trabalho muito bom de geral como a musica foi construída, ela também se difere das demais por ser uma musica mais cadenciada, e isso destaca o encaixe da ótima letra. A introdução é muito marcante e as caídas durante toda a musica também, mas, quando param todos os instrumentos, e se segue um breve teclado e retorna a introdução, essa parte é de arrepiar qualquer um que aprecia esse tipo de sonoridade. O final também foi muito bem encaixado com um leve arranjo de guitarra e bateria.

Então achamos que o som irá seguir a linha da musica anterior e se “acalmar”, porém,  em Tok´Yah volta a velocidade das musicas anteriores, porem, nesta, destaca-se o refrão:

“Tok´Yah! Guerreiros da morte, regendo sacrifícios de sangue.
Tok´Yah! Milícias em fúria marcham em busca de sangue”.

E uma breve passagem com vocal limpo.

Em Hahau Katún, podemos destacar alem da letra, como sempre, muito bem trabalhada, também
ótimos arranjos de teclado durante toda a música e um belíssimo solo de guitarra que inicia-se aos 04:30 de música e vai até aos 05:10 mais ou menos , esta que inclusive gerou um belíssimo vídeo clipe que podemos ver abaixo.

Senhores do Mitnal é com várias passagens na antiga linha Maia (creio eu), a musica mescla muito bem passagens rápidas e cavalgadas, com passagens e dedilhados de teclado bem harmoniosos. 
Legados do Inframundo fecha o álbum também com chave de ouro, assim como Sacerdote Jaguar, essa música é mais cadenciada, mas também tem uma pegada única e destaca-se pelas passagens com dedilhados de teclado e o refrão com vocal limpo.

Para acabar, um relançamento que dispensa qualquer tipo de comentário. Simplesmente uma das melhores músicas que a banda já lançou, em minha opinião ficando empatada apenas com Himno A Pã. Estou falando da Onde Sangram Pagãs Memórias, lançada originalmente no ano 2000 no álbum XVI.

De forma geral, esse foi um doa melhores lançentoa do ano de 2014. Com ótima produção musical como um todo, ótima gravação e o Miasthenia consegue mais uma vez manter sua linha de som e ideológica e ser uma das bandas maia originais da atualidade. Vale a pena adquirir o material, que tem como único ponto fraco que quase não se ouve o baixo, e esse poderia ser também bastante trabalhado assim como são as guitarras e teclado.

Lembrando que o Miasthenia estará nesse sábado dia 07/02/2015 de volta à Belo Horizonte após 10 anos no War Metal Fest III

Nota: 9,5

Resenha por: Matheus Guerra

Acesse: miasthenia.bandcamp.com

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