19 de agosto de 2014

Holocausto Canibal: Confiram entrevista realizada pelo Satanic Militia


Confiram abaixo um trexo de mais uma grande entrevista realizada por Baron Von Causatan ao Satanic Militia. Dessa vez com os portugueses do Holocausto Canibal. Para ler a entrevista completa acesse:


Abaixo parte da entrevista:

“O teu cheiro enoja-me...O teu corpo inerte em necrose...É o esboço para a minha psicose....Eu quero sentir-te... esculpir-te...O teu tórax é a apoteose...Eu desejo sentir-te... a estalar...Eu quero abrir-te...Quero regar-te com o meu leite...Urinar-te em deleite(...)”. Assim abre a última música, “Fascínio Paradoxal”, do mais recente álbum “Gorefilia” da banda portuguesa HOLOCAUSTO CANIBAL. Mas o lançamento mais novo da banda é o EP “Larvas”, lançado em maio de 2014, pela gravadora Bizarre Leprous Production. Além disso, os portugueses estão vindo ao Brasil pela primeira vez para realizar uma turnê neste mês de agosto, assim aproveitamos para entrevistar a banda, na pessoa do baixista Zé Pedro, e conversarmos sobre seus lançamentos, letras, underground, o conhecimento da banda sobre o underground brasileiro e claro o que eles esperam dessa turnê.

Introdução e entrevista: Baron Von Causatan
SMM) A banda HOLOCAUSTO CANIBAL está atuante desde 1997 e desde o início vocês decidiram utilizar letras em português. Não houve nenhum tipo de complicações para serem aceitos no continente europeu por letras que poderiam dificultar o entendimento dos demais públicos?

ZÉ PEDRO - Nunca sentimos isso! Até porque desde o início da banda que a maioria dos nossos trabalhos foram lançados por editoras estrangeiras, portanto desde logo vimos que não se faria sentir qualquer tipo de barreira linguística ou obstáculo à nossa opção pela lingua portuguesa! E por outro lado acho que mesmo que sentíssemos qualquer tipo de obstáculo continuariamos a cantar em português.
SMM) O cenário brasileiro, mesmo o underground, tem tido oportunidade de apresentar muitas bandas para o mundo. Quais são as bandas que chegaram ao conhecido de vocês e que mostram um bom desenvolvimento aos seus ouvidos?

ZÉ PEDRO - Sempre admiramos e seguimos a cena brasileira desde os primórdios de ícones como Sepultura e Sarcófago. Já partilhamos algumas vezes o palco com Krisiun e Ratos de Porão, bandas com as quais mantemos uma boa relação de amizade.
No que concerne a bandas mais do nosso estilo específico seguimos sempre atentamente o trabalho dos Flesh Grinder, Rot, Lymphatic Phlegm, MxDxKx entre muitas outras que seguramente temos trabalhos mas no momento estou a esquecer-me! Conhecemos mais recentemente os Le Mars, Baixo Calão, Vomepotro e estou certo que durante a tour vamos ficar a conhecer muitas novas bandas daí das quais ficaremos fans!
SMM) Eu tenho observado uma suavização nas temáticas, e até da postura, das bandas de Death Metal. Parece que muitos músicos tem se preocupado tanto com o lado técnico, atitudes mais profissionais que eles esqueceram das letras e das raízes do Death Metal muitas vezes. Parece que o mais importante agora é ser o mais técnico, profissional e rápido possível, independente de toda aquela brutalidade violenta tanto no som quanto nas letras. Você acha que essa realmente é algo que vem acontecendo ou são apenas algumas bandas que tem mais destaque que nos deixam essa visão falsa de que tudo está ficando mais leve?

ZÉ PEDRO - No nosso caso específico, desde o primeiro ensaio que tocamos Death Grind Gore e passados 17 anos contimuamos a tocar o mesmo estilo. Certos trabalhos podem ter uma produção mais lo-fi e directa e outros podem ter uma produção mais forte e elaborada, mas a sonoridade essa tem se mantido totalmente inalterável. Em relação à componente lírica e ao grafismo usado em toda a imagem da banda, penso também que sempre permaneceu extrema. Até podemos ter uma ou outra capa de trabalho ou t-shirt que seja ligeiramente mais subtil e contenha uma imagem mais subliminar, mas por vezes essas abordagens acabam por ser ainda mais perturbadoras.

Mas concordo com a tua visão! Hoje em dia há muitas bandas Death Metal e Grind que parece ter alguma timidez em assumir o que que realmente tocam e tendem a suavizar a estética sempre inerente ao estilo. Acredito que nalguns casos até possa partir de um gosto pessoal da própria banda mas eventualmente na maioria das situações deve prender-se com uma tentativa de não chocar tanto e ser melhor aceite por um público mais vasto ou mainstream.

Nenhum comentário:

Postar um comentário