29 de julho de 2014

Patria: Confira entrevista realizada pea Satanic Militia Magazine

Nas vésperas de sair na Profana Aliança Tour que iniciará na próxima sexta-feira 01/08/2014  e passará por 4 cidades do Brasil, Mantus, membro da horda Patria cedeu uma extensa entrevista ao Satanic Militia Magazine falando das expectativas para essa tour, alem de dar sua opinião sobre a cena atual e mais diversos assuntos.

Confira detalhes dos eventos que acontecerão em suas respectivas cidades nos links abaixo:

01/08/2014 - Profana Aliança Tour 2014 (Sao Paulo/SP)
02/08/2014 - Profana Aliança Tour (Belo Horizonte/MG)
08/08/2014 - Profana Aliança Tour 2014 (Curitiba/PR)
09/08/2014 - Profana Aliança Tour (Rio de Janeiro/RJ)
A entrevista completa está disponível em:

http://www.satanicmilitiamagazine.com.br/patriaentrevista.htm


SMM) Musicalmente eu vejo a PATRIA fazendo um Black Metal diferenciado do que acontece no cenário brasileiro, apresentando uma musicalidade evolutiva em cada lançamento. Não digo algo fora dos padrões brasileiros, nem mesmo o colocando dentro daquele Black Metal europeu. Considerando essa visão, eu tenho interesse em saber mais quanto às bandas que tem influenciado a vocês, tanto musical quanto a visões diferenciadas do estilo e posições nesta caminhada de estilo que vocês acabam trazendo como referência para a música de vocês.

MANTUS - Eu acho que não sei te dizer especificamente que bandas podem ter exercido uma certa influência no PATRIA, tirando o novo disco como base. Eu sou uma pessoa muito eclética, ouço todo tipo de música ela sendo de qualidade. Praticamente respiro música diariamente, vivo dela indiretamente. Ela é meu lazer e meu ofício, e não sou o tipo de pessoa que coloca muros na hora de compor. Tenho me permitido trazer influências de todos os gêneros não só do metal como também de outros estilos musicais. Isso com a nossa própria leitura e roupagem, o que acaba soando original de alguma maneira. Você pode encontrar na nossa música elementos e texturas que vem do Black/Death/Thrash, temos uma certa pegada puxada do Funeral Doom do começo dos anos 90, música
clássica e até mesmo influências de Rock Progressivo, ainda que discretamente. Nosso objetivo desde o começo era criar algo consistente, direto e com personalidade. Quero que as pessoas ouçam nossa música e saibam que se trata do PATRIA. Estamos satisfeitos com o resultado que temos alcançado e acho que estamos no caminho CE
SMM)... acho interessante falarmos da turnê que vocês estão para começar neste mês de agosto, ao lado da banda Torqverem. O evento Profana Aliança começou como um festival realizado apenas em São Paulo, reunindo sempre bandas de diversas localidades brasileiras diferentes. Após isso o evento teve edições em duas cidades diferentes e agora se transformou em uma mini-turnê com 4 datas reunindo PATRIA e Torqverem com bandas locais e de outros estados para realizar grandes apresentações. Peço que comente um pouco mais sobre essas datas e essa oportunidade de turnê.

MANTUS - Tivemos a oportunidade de tocar numa das edições do PROFANA ALIANÇA em São Paulo capital e foi memorável. O festival teve uma organização impecável, além das grandes bandas e pessoas envolvidas. A casa ficou praticamente lotada. Foi tudo muito legal e também o começo da nossa aliança com o TORQVEREM. Então depois disso ficamos em contato e em uma de nossas conversas surgiu a ideia de fazermos essa tour juntos. Bom, e o nome não poderia ter sido outro…(rs) Veio bem a calhar! Foi dai que tudo surgiu! Estamos bastante empolgados com a possibilidade de tocar ao lado não só do TORQVEREM como também de outras ótimas bandas e em todas essas cidades. Será nossa primeira vez em Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o que torna tudo ainda mais especial. E em São Paulo tivemos uma aceitação muito grande da última vez. O público de São Paulo é animal! Está sendo do caralho poder voltar e divulgar nosso disco novo por lá.
SMM) Ainda mantendo-se no assunto turnê, existem planos da PATRIA em tocar em outros estados, a banda tem tentado contatos com produtores pelo sul, norte e nordeste do Brasil. Como estão seguindo estes planos e acredita que realmente será possível realizar esta turnê no Brasil?

MANTUS - Sim, essa é apenas a primeira parte da tour. Ainda estamos tentando fechar Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Brasília e quem sabe uma pequena tour no Norte/Nordeste. Não existe nada concreto ainda, não tem sido fácil, mas estamos na torcida pra dar certo, mesmo que fique pro começo do próximo ano!
SMM) O estilo musical Black Metal tem uma crueza e um ódio em sua forma de ser apresentado, mas atualmente temos muitas bandas levantando outras bandeiras temáticas dentro do estilo, indo muito além do simples destilar de ódio ao cristianismo (olhando pelo nosso prisma local e religião dominante em nosso país) e levando o estilo para formas diferentes de se apresentar. Infelizmente o estilo tem variações demais, incluindo bandas que se escondem com certas temáticas e com o passar dos anos, mostram que por baixo de todo couro, corpsepaint, spikes e adereços do visual comum do Black Metal, são nada mais do que cristãos e levantando a bandeira de um “unblack metal”. Qual é a visão da banda PATRIA com tais mudanças dentro do estilo, das letras e destas bandas que se escondem em meio ao cenário atual?

MANTUS - O Black Metal pode de fato ser abordado através de diferentes conceitos, é claro, mas digo categoricamente que nenhum desses conceitos tem a ver com a exaltação de Deus, dos céus ou do cristianismo. Isso é uma piada! Bandas que usam da estrutura do Black Metal pra espalhar tais tipos de porcarias são uma farsa e serão afogadas em seus próprios vômitos. Puro lixo! É gozar com o pau dos outros! UNBLACK?! Esse bando de inútil poderia ter ao menos um pouco mais de personalidade e criar um nome próprio, BICHONA METAL seria uma boa! Alias, só BICHONA faria mais sentido.
SMM) Muitos não consideram um cenário vivo, eu até vejo isso em determinados pontos atualmente como uma grande verdade, seja pelo fato de tudo hoje ser menos importante em prol da música, sendo ela feita com mais e mais qualidade. A visão do profissionalismo dentro do Metal normalmente vem atrelada com o esquecimento de bandas, e mesmo o público, do lado de algumas subdivisões do Metal com um antigo idealismo criado em suas raízes. Qual a sua visão sobre este atual momento que o tal cenário vem tendo?

MANTUS - Eu acho que o underground não só pode como deve ter uma boa parcela de profissionalismo envolvida, acho de extrema importância esse fator para um maior desenvolvimento do cenário metálico no nosso país. Mas não só de profissionalismo se faz uma banda… Música é arte e a arte é subjetiva! Você precisa passar emoções com ela, seja agradando, atormentando ou ambos… mas nunca se transformar em algo mecânico, sem sentimento, visando apenas a parte comercial da coisa. Menos ainda quando o assunto é Black Metal, que pra mim vai além de um mero estilo musical. Existem vários pontos além da música e do querer ser profissional. Acho plausível quem consegue viver e ganhar a vida tocando Metal, não vejo nada de errado com isso. E aqui no Brasil dá pra contar nos dedos de uma mão quem realmente faz isso. E quem faz, suou e dedicou o sangue e a alma, alcançando isso no decorrer de muitos anos, através de um percurso natural. Então acredito que o Metal pode ser encarado também como um trabalho como outro qualquer, mas não pode ser encarado SOMENTE como tal. Quando vira um emprego proveniente de um trabalho bem feito e verdadeiro merece meu respeito. Mas no meio disso existem muitos pontos a serem considerados e acho que é ai que as bandas acabam não dando conta e falhando na maioria das vezes. Falta qualidade na música, falta dedicação e investimento, falta atitude! Vejo pouquíssimas bandas que preenchem esse requisito atualmente. Sem esses requisitos não há verdade e sem verdade não há METAL!

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